quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Projeto Político Pedagógico - PPP - Parte 4 (Pag. 77 a 88)



JUSTIFICATIVA


Escolas de EJA - Educação de Jovens e Adultos -  são espaços que ofertam, além da EJA, outras modalidades, tais como Ciclo de Formação Humana, Ensino Médio  e  Ensino Médio Integrado. 

Estas apresentam particular diagnóstico no atendimento à sua demanda, bem como se distinguem da concepção de  CEJAS. 

           Tal diagnóstico evidencia especificidades, dentre as quais podemos citar:

    • A não permanência dos alunos;
·        A prática de um currículo fragmentado que não atende às especificidades dos seus sujeitos;
    • Fragmentação espacial por conta das diferentes modalidades, o  que não favorece a uma identidade própria   aos sujeitos da EJA, sendo este um dos motivos das dificuldades no referido atendimento.

            A partir destas constatações é que este documento traz uma nova proposta para melhor atender às especificidades da modalidade EJA, proposta esta que permita suplantar os problemas já diagnosticados nas mesmas,  favorecendo o direito de aprender por toda a vida,  a possibilidade da prática da cidadania   e o diálogo com os saberes nas experiências dos educandos,  buscando, assim, alternativas curriculares baseadas no cotidiano dos mesmos. Esta proposta, além de buscar possíveis  soluções, procura pôr em evidência  o Programa da EJA,  elaborado para desenvolver estritamente  um currículo por área de conhecimento.

            A equipe da Gerência de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso, em concordância com os coordenadores das escolas que ofertam a modalidade, realizou  estudos para a formulação desta proposta, cujo objetivo é oferecer subsídios às escolas para adequar seu currículo às diversidades dos sujeitos da  EJA, enfatizando o mundo do trabalho como princípio educativo; como forma de combater as dificuldades nas escolas deste Estado, cujas alegações mais fortes se dão, justo e paradoxalmente, devido ao ingresso do sujeito da EJA no mundo do trabalho.

OBJETIVO

              Esta proposta consiste em orientar e oferecer subsídios aos educadores para desenvolverem planos de ensino adequados aos seus contextos, proporcionando às escolas que ofertam a modalidade EJA uma organização pedagógica diferenciada de atendimento que compreenda educação formal e informal integrada ao mundo do trabalho, favorecendo o direito de aprender por toda a vida, a possibilidade da prática da cidadania e o diálogo com os saberes nas experiências dos educandos, trabalhando alternativas curriculares baseadas no cotidiano dos mesmos.

FORMA DE ORGANIZAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO – EJA

Dias letivos

Está forma de oferta é organizada com o mínimo de 800h e 200 dias.
Resolução n. 002/09 CEE/MT, Resolução nº 180/00/CEE/MT.

Jornada escolar diária

4 (quatro) horas diárias de  atividades com  o educando e duração das aulas de 60 minutos, sendo uma aula destinada ao Plantão Pedagógico.
Resolução n. 002/09 CEE/MT, Capítulo I, Art. 7º, Art. 8º.

Freqüência do educando

              Será aferida no cômputo geral da fase (composta de três áreas de conhecimento) em curso (anual), respeitando-se o mínimo de 75% de freqüência para aprovação.( Resolução nº 002/09 CEE/MT, Capítulo IV, Art. 58 § 1º.)

Matriz Curricular

1 - Na Base Nacional Comum:

A – Área de Linguagem:

Língua Portuguesa,
Língua Estrangeira
Arte,
Educação Física,

B – Área de Ciências da Natureza e Matemática
Matemática,
Ciências

C – Área de Ciências Humanas
Geografia,
História,
Educação Religiosa.

OBS 1: A Educação Religiosa – no 1º e 2º Segmentos do Ensino fundamental será trabalhada dentro do mínimo de 800horas/a, em forma de projeto da área ciências humanas.
OBS 2 - A escola que aderir a essa proposta, não haverá atribuição de jornada de trabalho do docente para essa disciplina.  

A matriz curricular do ensino médio deve contemplar:

1 - Na Base Nacional Comum:

A - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias:
Língua Portuguesa;
Língua Estrangeira;
Arte;
Educação Física;

B - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias:
Matemática,
Física,
Química,
Biologia;

C - Ciências Humanas e suas Tecnologias:
História,
Geografia,
Sociologia,
Filosofia.

OBS: Língua Estrangeira -  As duas línguas estrangeira – LE, serão ofertadas dentro do mínimo de 800h/a, com o seguinte encaminhamento: havendo docente habilitado nas duas LE, cada uma terá uma hora/aula; havendo docente habilitado em apenas uma LE, está somará duas horas/aulas. 

O calendário escolar

          O Calendário Escolar contemplará o mínimo de 800h/a distribuídas no mínimo de 200 dias letivos, o qual por sua vez poderá ser organizado semestre conforme a matriz pedagógica adota pela unidade escolar, bem como evidenciar o cronograma curricular a ser desenvolvido no decorrer do ano letivo. A unidade escolar, na elaboração do Calendário Escolar deve reportar-se, também, à Portaria emanadas pela SEDUC e Resolução n. 002/09 CEE/MT.

A organização pedagógica das turmas

A unidade escolar para adotar a matriz pedagógica nas áreas de conhecimento da fase, deve ter no mínimo três turmas entre o 2º segmento do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, independente de turno de funcionamento.

Composição das turmas

1º Segmento/EJA - de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) alunos;
2º Segmento/EJA – 27 (vinte e sete) a 30 (trinta) alunos;
Ensino Médio EJA  de 30 (trinta ) a  35 (trinta e cinco) alunos
Portaria nº 366/09 - GS/SEDUC/MT.

Matrícula
  
É o ato formal que vincula o interessado a uma escola Credenciada e Autorizada a funcionar, conferindo-lhe a condição de educando.
Para ingresso na modalidade EJA, o educando terá que ter a seguinte idade:

  • Ensino Fundamental - 14 anos completos até o início do ano letivo;
  • Ensino Médio – 17 anos completos até o início do ano letivo;

A - Nesta proposta será facultada a matrícula:

a.1)- Na fase organizada por área de conhecimento, distribuídas bimestralmente ou trimestralmente com matrícula anual em um único turno, e o educando para ser considerado aprovado terá que concluir com êxito todas as áreas da fase, o que lhe confere o direito de matricular-se na fase subseqüente, no ano letivo seguinte.

a.2)  O educando que cursou as três áreas de conhecimento de uma fase e não logrou êxito em apenas uma área, deverá matricular-se na fase seguinte com Progressão Parcial, na área pendente, nos quatro componentes curriculares da área de conhecimento (Res.002/09 – CEE/MT).

a.3)  O educando que cursou as três áreas de conhecimento de uma fase e não logrou êxito em duas áreas ficará retido na fase do 1º e 2º segmento do Ensino Fundamental ou Ensino Médio, porém dispensado das disciplinas/área que já tenha obtido aprovação( aproveitamento de estudos) ( Art. 74 §2º Res.002/09-CEE/MT). 

a.4) O educando que eliminou via exame supletivo, disciplina ou áreas de conhecimento, poderá matricular-se nas disciplinas/ áreas não concluídas, fase por fase do 2º segmento do Ensino Fundamental e Ensino Médio, porém dispensado de cursar, as disciplinas/áreas eliminadas (aproveitamento de estudos) (Art. 74 §2º Res.002/09-CEE/MT).

a.5) O educando oriundo de Centro de Educação de Jovens e Adultos- CEJA,  organizado por área de conhecimento, que tenha conseguido êxito em uma ou duas áreas, poderá matricular-se na(s) área(s) não concluídas, fase por fase do 2º segmento do Ensino Fundamental e Ensino Médio, porém dispensado das área que já tenha obtido aprovação (aproveitamento de estudos);

a.5.1. O educando oriundo de Centro de Educação de Jovens e Adultos- CEJA,  organizado por área de conhecimento, que tenha ficado retido por insuficiente rendimento escolar em uma área ou mais, desde que não ultrapasse o máximo de quatro disciplinas em Dependência (respeitando-se o número de disciplinas regulamentado  no Regimento Escolar), poderá matricular-se na fase/série subseqüente e cursar as área(s) da dependência paralelamente;

OBS. O aluno oriundo de qualquer forma de organização curricular ou modalidade de ensino, retido/reprovado por não atingir o mínimo de 75% de freqüência sobre o computo total da Carga Horária prevista na matriz curricular, deverá permanecer e cursar regularmente a área/fase/série em que se ocorreu a retenção/reprovação.
B - Enturmação
             Os educandos da organização das escolas de EJA devem ser enturmados da seguinte forma:

b.1) 1º segmento

  MATRICULA NO
ENSINO FUNDAMENTAL  MODALIDADE  EJA
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SERIADO
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL CICLO DE FORMAÇÃO HUMANA
1º Segmento
ANOS INICIAIS
ANOS INICIAIS
ANOS INICIAIS
1ª Fase 
1ª e 2ª série
1º, 2º e 3º ano
1ª, 2ª e 3ª fase/1º Ciclo
2ª Fase 
3ª série
4º ano/
1ª Fase/2º Ciclo
3ª Fase 
4ª série
5º ano
2ª Fase/2º Ciclo
b.2) 2º segmento

  MATRICULA NO
ENSINO FUNDAMENTAL  MODALIDADE  EJA
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SERIADO
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL CICLO DE FORMAÇÃO HUMANA
2º Segmento
ANOS FINAIS
ANOS FINAIS
ANOS FINAIS
1ª Fase 
5 e 6ª
6º e 7º ano
3ª F/2ºC e 1ª F./3º C
2ª Fase 
7ª série
8º ano
2ª Fase/3º Ciclo
3ª Fase 
8ª série
9º ano
3ª Fase/3º Ciclo
b.3) Ensino Médio

  MATRICULA NO
ENSINO MEDIO MODALIDADE EJA
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SERIADO
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS
ALUNOS ORIUNDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL CICLO DE FORMAÇÃO HUMANA
Ensino Médio
Anos Finais
Anos Finais
Anos Finais
1ª Fase 



2ª Fase 



3ª Fase 



Transferência
 
  Cabe à escola que oferte a modalidade EJA receber transferência dos educandos oriundos de escolas e egressos do exame supletivo com resultado por área do conhecimento/disciplina, fazer aproveitamento de estudos previsto na Resolução n. 002/09 e expedir histórico com resultado parcial ou da área de conhecimento cursada pelo mesmo. (Resolução n.002/09/MT, Capítulo III, Art. 48 ao Art.56)

OBS. Quando o educando ficar retido em uma ou mais áreas ( dentro do limite de até quatro disciplinas) recomendamos que a escola  registre observação no documento de transferência (atestado de escolaridade e histórico escolar) que o educando está sujeito a estudos de dependência por parte da escola receptora.

Avaliação para o resultado final

           A avaliação deverá ser diagnóstica, formativa e contínua, de forma a garantir o processo de apropriação de conhecimento. (Resolução n. 002/09/CEE/MT, Capítulo IV, art.58.)
 O aproveitamento escolar do educando será expresso através de Relatório descritivo da Aprendizagem na área de conhecimento, sem atribuição de conceitos ou nota, com resultado anual expresso: APROVADO, RETIDO, DESISTENTE ( afastado por desistência), ABANDONO ( afastado por abandono). O relatório do desempenho do educando deve acompanhar o histórico escolar, em caso de transferência.

A - Resultado Final anual

              O resultado final anual se configura em:

a.1)  Aprovado, quando o educando obteve na fase construção do conhecimento e atingiu o mínimo de 75% de freqüência;

a.2) Retido, quando o educando  não:
·         atingiu o mínimo de 75% de freqüência na fase;

·         obteve construção do conhecimento  nas áreas da fase;

·         obteve construção do conhecimento  nas áreas da fase e/ou não atingiu o mínimo de 75% de freqüência;

a.3) Abandono - ocorre quando o aluno matricula e não comparece, nesse caso no momento que registrar 25% + 1 de faltas ininterruptas,  sobre a carga horária anual da fase,  será caracterizado abandono. 
a.4) Desistente - ocorre quando o aluno que estava em curso em determinado momento deixa de comparecer às atividades escolares. Assim, no momento em que computar 25% + 1 de faltas sobre a carga horária anual da fase 


Recuperação  

Recuperação é uma estratégia de intervenção deliberada no processo educativo, desenvolvido pela Unidade Escolar, como oportunidade de aprendizagem que leve os educandos ao desempenho esperado, observando-se obrigatoriamente os seguintes critérios:

       I.    recuperação contínua e paralela ao processo de aprendizagem do período letivo, oportunizando a aprendizagem e situações de superação aos educandos que permanecerem com dificuldades;
      II.    identificação de cada educando com aproveitamento insuficiente referente a conhecimentos, competências, e conteúdos não assimilados;
    III.    estabelecimento de estratégias metodológicas pelo professor e provimento de meios para sua execução pelo Coordenador Pedagógico e pelo Diretor da Unidade Escolar; 
   IV.    registro dos novos resultados, após a avaliação, substituindo os anteriormente anotados nos registros escolares.

Recuperação contínua compreende o trabalho pedagógico realizado no dia a dia da sala de aula, constituída de intervenções pontuais e imediatas, levantadas através da avaliação diagnóstica e sistemática do desempenho do educando.

- Recuperação paralela destinada aos educandos que apresentem dificuldades de aprendizagem não superadas no cotidiano escolar e necessitem de um trabalho mais direcionado, em paralelo às aulas regulares, com duração variável em decorrência da avaliação diagnóstica.

As atividades de recuperação paralela serão desenvolvidas fora do horário regular de aulas, podendo ocorrer no mesmo turno de funcionamento da turma, após o término das aulas regulares, em turno diverso ou aos sábados.

- Os resultados das atividades de recuperação paralela incorporarão a avaliação bimestral/semestral/trimestral do educando, substituindo a nota do educando, em qualquer tempo do ano letivo em curso, quando esta for inferior àquela obtida nas atividades de recuperação. ( Resolução n. 002/09/CEE/MT, Capítulo IV, arts. 59 a 63.)
A - Organização do horário das aulas semanal

        Tanto na organização bimestral como trimestral, a elaboração do horário semanal das turmas serão agrupadas às disciplinas das áreas, e assim definindo para cada turma trabalhar uma área de conhecimento, de forma que não ultrapasse o número de aulas atribuídas ao professor destinadas as turmas de EJA.


1º Segmento do Ensino Fundamental

   Neste as aulas serão  organizadas por área de conhecimento e fases - ofertando as três áreas ao mesmo tempo, com CH estruturada por bimestre ou trimestre, sendo 75% em horas/aulas presenciais (TO – turma de origem), 15% em Projeto Integrado e 10%  no atendimento individualizado — Plantão Pedagógico - PP – Semanal, sendo que estes estarão vinculando a matrícula na fase. 

  Horário de aulas

  Aulas diárias são de 60min., sendo três para TO (turma de origem) e uma destinada para o agendamento individualizado - PP (plantão pedagógico).
  A constituição de turmas obedecerá ao estabelecido nas normativas da SEDUC/MT. 

a.2)  2º Segmento do Ensino Fundamental  e o Ensino Médio

  As Aulas nas turmas de origem TO (75%): Aulas ordinárias conforme o planejamento por área de conhecimento;

  As aulas do PROJETO INTEGRAÇÃO DAS ÁREAS DO CONHECIMENTO se distribuem em 15% - com atividades voltadas para manifestações artísticas, sociais, lingüísticas e comportamentais, tais como: música, teatro, ação comunitária, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, investigação científica, etc, desenvolvidas através da metodologia de Projetos,  na qual o professor passa a ser orientador dos projetos fora do processo de enturmação dos alunos.
  As aulas individuais por Plantão Pedagógico PP compõem 10% da distribuição da carga horária e dar-se-ão em atendimento ao diagnóstico do desenvolvimento do processo de construção do conhecimento do educando que indicar a necessidade de atendimento especial.
Os demais educando que não forem convocados para o plantão pedagógico, desenvolverão atividades complementares referentes aos conteúdos planejados para a área de conhecimento, em consonância com a o registrado na proposta pedagógica da escola, para a modalidade.

Lotação dos Profissionais (Professores)

              A lotação do professor será por disciplina, de acordo com a carga horária  semanal da matriz curricular, organizada em 800 horas anuais.

Metodologia


  Objetiva trabalhar com a interdisciplinaridade de forma que os professores da área de conhecimento busquem um só caminho, através de uma metodologia dialógica que promova o debate entre o homem, a natureza e a cultura, entre o homem e o mundo do trabalho em que vive, preparando-o para viver o seu tempo com as suas contradições e os conflitos existentes, e conscientizá-lo da necessidade de intervir nesse tempo, enquanto sujeito dessa história.
  Quando se trata deste assunto referimo-nos ao método da politicidade do ato educativo e podemos citar, também, o método da dialogicidade do ato educativo, que compreende e interliga educador-educando- objeto do conhecimento.
  Esta metodologia envolve trabalho com projetos, temas geradores, complexo temático, etc, bem como o escolher a forma de trabalhar interdisciplinarmente, assumindo a responsabilidade sobre a forma escolhida.
 A Escola que oferta a modalidade EJA deve ter uma identidade metodológica, e esta principalmente voltada à teoria de Paulo Freire que se dá em três momentos: investigação temática, tematização e problematização.

1)         Princípios Metodológicos
·      Respeitar o jeito de aprender de cada tempo da vida;
·      Partir da necessidade: a pessoa se interessa em aprender quando necessita;
·      Educar as pessoas para se apropriar da história e se tornar sujeitos;
·      Conhecer os sujeitos em sua realidade e a realidade social onde estão inseridos;
·      Trabalhar com vivências geradoras;
·      Consolidar condutas e postura e didáticas diversificadas;
·      Organizar o ambiente da aprendizagem com fogo educativo;

2)         Procedimentos para a condução do processo de ensino  e aprendizagem
·      Levantamentos dos conhecimentos prévios;
·      Problematização inicial e trato do assunto novo;
·      Organização das aprendizagens realizadas;
·      Organização das atividades complementares;
·      Orientação para o estudo em casa;
·                              Orientação e organização dos projetos alternativos;
·                              Observação e acompanhamento do progresso do aluno;

3)         Postura metodológica do professor

·      Envolver ativamente o aluno no planejamento e realização das atividades propostas, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada aluno;
·      Considerar a diversidade de conhecimentos e proponha, para dar conta deles, momentos de trabalho coletivo, tarefas diferenciadas em pequenos grupos e atendimento individual nas aulas  Plantões Pedagógicos;
·      Realizar nas atividades de Integração das áreas de conhecimento pesquisas relacionadas ao mundo de trabalho ao qual o aluno esta inserido;
·      Propor situações estimulantes e atividades diversificadas que sejam proveitosas de forma que mobilize e integre os vários aspectos do desenvolvimento cognitivo do aluno;
·      Reconhecer o ambiente escolar como fator importante na aprendizagem;
·      Organizar rotinas semanais e diárias, cuidando da distribuição proporcional do tempo entre os vários componentes curriculares e da escolha de momentos mais favoráveis para as atividades mais movimentadas e para as que exigem concentração;
·      Organizar o espaço da sala de aula, criando um espaço motivador e disponibilizando os recursos necessários á aprendizagem;
·      Orientar os alunos na organização de seu tempo (de escola/de estudo/de trabalho e de lazer).


  Formas de Avaliações
              Na prática, as formas de avaliação que são adotadas pela escola constituem indicadores bastantes seguros da filosofia que orienta o processo ensino- aprendizagem dessa  escola, pois na perspectiva de uma práxis transformadora a  avaliação deve ser considerada como um compromisso com a aprendizagem de todos e compromisso com a mudança institucional ( Vasconcellos, 1998).

              A concepção da avaliação como um processo contínuo, que tem sua razão de ser e existir na aprendizagem, na idiossincrasia, não há lugar para uma prática pedagógica descontextualizada, pois não há como dissociar, se a prática pedagógica é transformadora, a avaliação será transformadora, construtiva e passa  a se caracterizar como diagnóstica, processual/formativa, auto-avaliação e contínua, onde o erro faz parte desse processo de construção do conhecimento.

1)          Avaliação Diagnóstica
             A avaliação diagnóstica é um precioso e indispensável  instrumento de investigação do professor, e todo início letivo, é recomendável  fazê-la. Somente a partir dela  será possível definir quais competências deverão ser desenvolvidas durante o processo e qual o conteúdo necessário para isso. Todas as atividades desenvolvidas nas primeiras aulas são diagnósticas, entretanto, há que se planejar e observar quais dessas servirão para registros e análise.
              Para Vóvio (2004) o ponto de partida para a aprendizagem dos alunos implica investigar pelo menos três domínios:
              I – a disposição dos alunos para aprender;
              II – os instrumentos e as habilidades de que dispõem;
              III – sua bagagem de conhecimento prévio.
              Neste sentido a avaliação diagnóstica/inicial se torna essencial, fazê-la significa descobrir quais conhecimentos os alunos trazem dos anos anteriores, como utilizam essas informações no dia-a-dia, o que cada um consegue fazer sozinho e que casos necessitam de intervenção pedagógica adequada.


2)          Formativa e reflexiva
             Na Avaliação Formativa a  preocupação central reside na formação do aluno no processo de ensino- aprendizagem. Ela é parte do processo de construção do conhecimento do aluno e do professor. Portanto, avaliação formativa não pode exprimir-se através de um instrumento avaliativo, mas sim por meio de vários.
             Na avaliação formativa quando o professor constata “que uma noção não foi entendida, que suas instruções não são compreendidas ou que os métodos de trabalho e as atitudes que exige estão ausentes, retomará o problema em sua base, renunciará a certos objetivos de desenvolvimento para trabalhar os fundamentos, modificará seu planejamento didático etc.” (Perrenoud, 1999:p148)

 3)         Avaliação Emancipadora/ Auto-avaliação
              Essa avaliação está fundada numa leitura de mundo e da palavra, em que cada pessoa possa dizer sua palavra que nasce da compreensão e uso do  conhecimento produzido nas ciências, nas artes, nas religiões e da compreensão cotidiana da vida.
              Neste sentido os alunos refletem sobre o seu desempenho e crescimento ao longo das aulas em aspectos relacionados à aprendizagem, acompanhamento de conteúdos, colocação e cooperação no processo de construção do conhecimento do grupo como um todo e freqüência às atividades desenvolvidas.


4)    Instrumentos de avaliação

  • O relatório da área de conhecimento: é a forma de parametrizar a avaliação dos educandos.
  • Contrato Didático: Texto no qual se registra as negociações e os acordos realizados entre o professor e alunos, indicando objetivos a serem atingidos, conteúdos a serem estudados, tarefas a serem realizadas, responsabilidades a serem cumpridas. A avaliação consiste na análise do cumprimento desses acordos e na tomada de decisões sobre as ações necessárias para atingir erros e melhorar o rendimento.
  • Observação do professor: Registro aberto de fatos, acontecimentos, conversas, comentários, e registros com pauta de observações de aspectos predeterminados.
  • Teste e provas: Rotineiro, desafiadores, prova em grupo seguida de prova individual, testes-relâmpagos, testes cumulativos.
  • Mapas conceituais: Para realizar diagnósticos, para explorar e aprofundar conteúdos, para orientar a sistematização de conhecimentos, para verificar aprendizagem.
  • Questões ou situações-problemas: Tradicionais desafiadoras, abertas, elaboradas pelos alunos. Atividades que exigem justificativas escritas orais. Questionários, entrevistas informais e estruturadas.
  • Atividades que utilizam linguagem escrita ou oral: Memória, diários, redação de cartas, poesias, crônicas, músicas e jogos, histórias em quadrinhos.
  • Atividades de culminância de uma unidade Didática: Projetos, campeonatos, olimpíadas, seminários, exposições, portfólios.
  • Portfólio como estratégia de avaliação:
  • O portfólio pode ser visto como um recurso para processar informações por meio de expressão oral e escrita, ferramentas indispensáveis para a aprendizagem.
  • Trata-se de uma coleção de trabalhos realizados pelo aluno no decorrer de uma unidade didática, que evidenciem seus acertos, habilidades, criatividades, interesses, esforços, áreas fortes e vulneráveis, melhor idéias etc.
  • Para orientar a organização do portfólio, inicialmente, o professor precisa pensar em algumas questões:
  • O que os alunos vão aprender?
  • Que atividades são importantes e necessárias que eles realizem?
  • As tarefas propostas são uma mostra válida de suas capacidades? São representativas
  • dos professores e dos produtos desenvolvidos no decorre do trabalho?
  • Como vou avaliar o progresso dos alunos?
  • Que oportunidades serão oferecidas para que os alunos possam fazer perguntas, revisar e refinar estratégias e procedimentos?
  • Minhas expectativas quanto às aprendizagens dos alunos são adequadas? Quais critérios me servem de modelo?

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